A glândula tireoide é localizada na parte anterior/ inferior do pescoço. Ela regula a função de vários órgãos através da produção e conversão dos hormônios T3 e T4.
Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo, ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo. Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.
Em adultos, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma doença autoimune denominada Tireoidite de Hashimoto.
Quando ocorre o hipotireoidismo, sintomas como intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, entre outros, podem ocorrer. Esses sintomas são reversíveis com a reposição adequada de levotiroxina.
Para reproduzir o funcionamento normal da tireoide, a levotiroxina deve ser tomada todos os dias, em jejum (no mínimo meia hora antes do café da manhã), para que a ingestão de alimentos não diminua a sua absorção. Outros medicamentos devem ser ingeridos pelo menos uma hora após a levotiroxina para não atrapalhar a absorção da mesma.
Já a causa mais comum de hipertireoidismo (excesso de hormônio tireoidiano) é a Doença de Graves, que ocorre quando o sistema imunológico começa a produzir anticorpos que atacam a própria glândula tireoide. Alguns casos também podem estar relacionados à nódulos de tireoide, inflamação na tireoide (tireoidite) e uso de certas medicações.
Pessoas com hipertireoidismo podem sofrer de perda de apetite, intolerância a temperaturas quentes, intestino solto, fraqueza nos músculos, queda de cabelo, perda de peso, agitação, insônia, tremores e suores excessivos.
O tratamento do hipertireoidismo é feito com medicações que bloqueiam a produção dos hormônios tiroeidianos, e/ou iodo radioativo. Em casos selecionados o tratamento pode ser cirúrgico.
O Câncer de Tireoide é o quinto tipo de câncer mais comum nas mulheres. De curso clínico lento, apresenta uma boa evolução e resposta satisfatória ao tratamento na maioria dos casos. Embora seja três vezes mais frequente nas mulheres, a doença afeta também os homens. Dentre os fatores de risco para o câncer de tireoide vale ressaltar o histórico familiar de câncer de tireoide e a exposição à radiação.Em termos de prevenção, o exame clínico é o mais importante, seguido, quando necessário, de ultrassonografia.
Não existe a recomendação para ultrassonografia de rotina para o rastreio da doença em todas as pessoas. Quando identificado um nódulo na tireoide, nem sempre é necessária a realização de punção ou biópsia. A indicação depende das características clínicas e da ultrassonografia.