Diabetes

O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina.

 

O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina no pâncreas, com o início da doença geralmente acontecendo durante a infância e a adolescência, mas podendo também ocorrer em outras faixas etárias.

 

Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há dificuldade de ação da mesma nos tecidos periféricos, gerando excesso de açúcar na corrente sanguínea (hiperglicemia). Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, com história familiar de diabetes, sedentárias e com maus hábitos alimentares, podendo também ocorrer em jovens.

 

O diabetes tipo 2 é o tipo mais comum de diabetes, correspondendo a aproximadamente 95% dos casos no mundo.

 

O número de casos de diabetes tipo 2 (DM2) vem aumentando nas últimas décadas, em decorrência do aumento do sedentarismo e piora dos hábitos alimentares que caracterizam a vida moderna.

 

O diagnóstico de diabetes é feito através da alteração, ao menos 2 vezes, de um ou mais dos seguintes parâmetros:

– Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl;
– Hemoglobina Glicosilada (HbA1c) maior ou igual a 6.5%;
– Glicemia maior ou igual a 200 mg/dl, 2 horas após ingestão de 75 gramas de glicose.

 

O desenvolvimento do DM2 pode ocorrer ao longo de anos em pessoas com valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl e/ou entre 140 e 199 mg/dl após 2 horas da ingestão de 75 gramas de glicose, classificadas como portadoras de pré-diabetes.

 

As mudanças de estilo de vida são o primeiro passo para redução do peso corporal e controle dos valores da glicemia. Aumentar a atividade física programada (tais como caminhada, corrida, natação) ou espontânea (por exemplo, subir escadas, não utilizar o carro para percorrer pequenas distâncias) é fundamental.

 

A mudança na alimentação não deve ser realizada utilizando como base dietas da moda. É necessário reduzir a ingestão calórica, o consumo de carnes gordas e embutidos, aumentar o consumo de fibras, com o aumento de grãos integrais, leguminosas hortaliças e frutas e limitar a ingestão de bebidas e comidas açucaradas.

 

O tratamento medicamentoso para o diabetes evoluiu muito nos últimos anos, dispondo hoje de medicações orais com variados mecanismos de ação além de insulinas mais modernas, com menor risco de hipoglicemias. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente).

 

As tecnologias têm ajudado no tratamento do diabetes. Os aparelhos vão desde glicosímetros mais modernos (usados para medir a glicose no sangue) até bombas de infusão de insulina e sensores contínuos de monitorização da glicose.

 

Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal.